Ciclo de aperto monetário pode estar no fim?

É importante lembrar que este é um cenário de crise bancária “leve”

No momento em que a inflação estava aparentemente diminuindo, uma crise bancária internacional bateu à porta do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) e de outros grandes bancos centrais, de acordo com relatório da hEDGEpoint. “Alguns dias após o colapso do Silicon Valley Bank, que desencadeou preocupações sobre uma crise bancária nos EUA devido a uma corrida bancária, os temores de uma crise financeira mais ampla foram elevados por uma queda repentina no preço das ações do banco de investimento europeu Credit Suisse.

O aumento das taxas de juros e os custos mais altos de financiamento estão no pano de fundo de ambas as crises, já que ambas as instituições parecem incapazes de lidar com o atual cenário de liquidez reduzida”, diz.

Segundo o texto, existe um ditado que diz que o Fed aumenta as taxas de juros até que algo quebre. “Caso o Fed “respeite” este ditado, as taxas terminais estão bem perto. Um dos objetivos de um banco central é proporcionar estabilidade financeira e, mesmo que as taxas de juros não sejam a melhor ferramenta para atingir este objetivo, seguir aumentando os juros agora pode ser contraproducente. Com isso em mente, os mercados estão antecipando que, na próxima reunião do Fed, as taxas não serão aumentadas. Cada mudança na política monetária dos EUA tem sido historicamente positiva para as commodities, o que pode ser o gatilho para uma recuperação dos preços das mesmas em 2023”, completa.

“No entanto, é importante lembrar que este é um cenário de crise bancária “leve”, com baixo contágio ao sistema financeiro global. Caso a crise atual se deteriore ainda mais, podemos ver uma situação inversa – o fortalecimento do DXY com uma continuação da tendência de desvalorização das moedas EM e fraqueza dos preços das commodities”, conclui.

Fonte: Agrolink